Coletivo Terra, Teto e Território (Kretã Kaingang) | Rede | 18333 | Paraná
Chapa coletiva Terra Teto e Território, composta por Kretã Kaingang, Pedro Diluz, Luan Costa para disputar vaga na Assembleia Legislativa do Paraná.
Kretã é da Terra Indígena Mangueirinha, área de Mata Atlântica no interior do Paraná, constantemente ameaçada por madeireiros. Em abril de 2003, Kretã e o seu povo, Kaingang, ajudaram a criar o Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília, com os povos Guarani e Xoklêng. Hoje, o acampamento é o maior fórum do movimento indígena brasileiro.
Filho do lendário Cacique Kaingang Angelo, Kretã e um dos fundadores do Acampamento Terra Livre, que acontece anualmente em Brasília desde 2003, Kretã está sempre presente nessa reunião nacional dos mais de 300 povos indígenas brasileiros. No encontro de 2019, Kretã denunciou que, desde do início deste ano, mais de 20 lideranças foram assassinadas após o governo Bolsonaro anunciar que não mais vai demarcar territórios indígenas, e retirar do Ministério da Justiça a responsabilidade sobre o gerenciamento da Funai.
Ele também é um dos fundadores da Articulação dos Povos Indígenas do Sul (ARPINSUL), entidade que também denuncia a violência com que seus povos são tratados na região, um lugar de disputas de terra extremamente violentas com fazendeiros e madeireiros. Kretã ainda ajudou a fundar a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), liderou o início da luta indígena contra o Fracking no Brasil, que possibilita a extração de petróleo gás e carvão do solo e segue atuante na luta em defesa dos territórios indígenas.
Em 2019 fez parte do grupo de lideranças indígenas que participaram da jornada ‘Sangue Indígena: Nenhuma Gota Mais’ que percorreu 12 países da Europa no período de 35 dias. A jornada teve por objetivo promover medidas de pressão sobre o governo brasileiro e empresas do agronegócio para cumprirem os acordos internacionais sobre mudança do clima e direitos humanos.
Em 2021, mesmo durante a Pandemia da Covid-19 Kretã foi um dos líderes na mobilização nacional contra o Marco Temporal e o Projeto de Lei 490/2007, mobilizações que impulsionaram nos acampamentos ‘Levante Pela Terra’ e a maior atividade indígena da história desde1988. O acampamento ‘Luta Pela Vida’, que levou mais de 6 mil indígenas de 176 povos para a capital do federal.